quarta-feira, 17 de abril de 2024

INVISÍVEL PARA O MUNDO

"Dizem que, a partir de uma certa idade, nós as mulheres ficamos invisíveis. Que a nossa atuação na cena da vida diminui e que nos tornamos inexistentes para um mundo onde só cabe o impulso da juventude. Honestamente, não sei se me tornei invisível para o mundo, é possível que sim. Porém, nunca fui tão consciente da minha existência como agora, nunca me senti tão protagonista da minha vida e nunca desfrutei tanto cada momento da minha existência.

Descobri que não sou uma princesa de contos de fadas e descobri o ser humano sensível e também muito forte que sou, com as suas misérias e as suas grandezas. Descobri que posso permitir-me o luxo de não ser perfeita, de estar cheia de defeitos, de ter fraquezas, de me enganar, de fazer coisas indevidas e de não corresponder às expectativas dos outros. E apesar disso…

Gostar de mim! Quando me olho ao espelho e procuro quem fui, sorrio àquela que sou.

Alegro-me do caminho percorrido, assumo as minhas contradições. Sinto que devo saudar com carinho a jovem que fui, mas deixá-la de lado porque agora atrapalha-me, o seu mundo de ilusões e fantasias já não me interessa.

Na verdade, é bom viver sem ter tantas obrigações e não ter de sentir um desassossego permanente causado pela necessidade de correr atrás de tantos sonhos.

A vida é tão curta e a tarefa de vivê-la é tão difícil, que quando começamos a aprendê-la, já é hora de partir.”

(Blandinne Faustine)

segunda-feira, 15 de abril de 2024

Quando foi que a gente desaprendeu a sonhar?
Quando foi que a gente anuviou o olhar e parou de contar estrelas, plantar roseiras, ver borboletas no jardim?
Quando foi que a gente se engessou e não soube mais desenhar na areia, rabiscar o chão, as paredes, pintar primaveras?
Quando foi que a nossa voz se calou, o nosso canto adormeceu e a gente soltou a mão, saiu da ciranda, encerrou a brincadeira?
Onde foi que a gente se perdeu? Em quais esquinas a gente se perdeu?
Onde ficaram os dias de chuva, a cerca florida, a terra molhada, o namoro no portão?
Onde se esconderam os suspiros, a canção que vinha de longe, os verões intermináveis?
Quando foi que a gente desaprendeu a sonhar?
E fechou a janela.
E escureceu a paisagem.
E esqueceu como é que se escreve sau-da-de.
Quando foi que a gente deixou de viver, desaprendeu a respirar, se aprisionou nas urgências, na pressa dos dias?
Quando foi que a gente deixou de viver? Viver de verdade...
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Eunice Ramos

segunda-feira, 1 de abril de 2024

“Não revele ao mundo todas as suas dores, nem permita que vejam todas as suas lágrimas. Não compartilhe todas as coisas que deram errado em sua vida. Não alimente o espírito de pessoas que menosprezam sua felicidade e torcem para que você não sinta gratidão. Existem aqueles que não aceitam o seu sorriso, especialmente quando você está satisfeito com a sua vida. Já percebeu que a gratidão causa agitação no peito daqueles que não se assumem verdadeiramente? Cuide-se e conserve-se. A vida não precisa de uma plateia; ela requer que o personagem principal (você) assuma todas as suas facetas e conquiste suas vitórias, mesmo que sejam difíceis. Não seja gentil com aqueles que desejam feri-lo; remova-os da sua vida. O tempo é curto para aproveitar com quem amamos. Ame e doe-se àqueles que realmente merecem a sua preciosa presença.”


(Vitor Ávila)

segunda-feira, 18 de março de 2024

"Não me procure nos lugares barulhentos. É no silêncio da alma que me encontro. Onde tudo se faz paz... Eu me ajeito, eu fico. E faço até moradia.”


(Lessa Rose)